Microfone condensador RØDE NT1-A

Microfone: conheça os conceitos básicos para uma escolha melhor

Vai gravar voz, violão, flauta ou outro instrumento acústico em casa? Vale a pena escolher um microfone apropriado para as suas necessidades. Vamos conferir as possibilidades mais comuns.

Para ligar um microfone profissional no seu computador, lembre-se de que você vai precisar de uma interface de áudio e de um cabo XLR (a não ser que ele seja USB!).

Tipos de captação

A primeira escolha que você terá que fazer será entre um microfone dinâmico e um condensador.

De modo simples, podemos dizer que um microfone dinâmico tem um som mais “duro”, com menor sensibilidade, sendo muito útil para gravação de instrumentos de alto volume (guitarras, bateria e percussão, vozes mais agressivas) ou para gravar em ambientes sem tratamento acústico – fora sua praticidade no uso ao vivo. O microfone dinâmico favorito de todo estúdio é o Shure SM57, mas existem muitas outras opções de diferentes marcas, como Sennheiser, AKG, Audiotechnica, – e marcas mais em conta, como Blue, Samson, Superlux, Behringer…

Já os condensadores funcionam na via oposta: capturam mais detalhes, são mais sensíveis e nem todos lidam tão bem com volumes muito altos. Podem ser indicados para gravação de voz, violão, piano, e instrumentos mais leves e sutis. Eles também precisam de alimentação de energia, seja por USB ou phantom power. Novamente, existe um mar de opções das mais diferentes marcas – alguns dos mais famosos são o AKG C414, o Neumann U87 (ou o menos caro TLM 102) e o sE Electronics sE2200a II. Opções mais em conta incluem o Behringer B-1, Audio-Technica AT2020 e o MXL 770.

Isto posto, lembre-se que essas são linhas gerais, não regras absolutas. Nas gravações do meu primeiro disco, captamos guitarras pesadas com um microfone dinâmico e um condensador valvulado simultaneamente – e a mistura ficou muito legal!

Fontes: Gearank e E-Home Recording Studio. Crédito das imagens: divulgação

Padrão polar

Microfones podem captar uma área maior ou menor de acordo com a sua função.

Tabela de comparação de padrões polares

Omnidirecionais: captam todo o som ao seu redor. São indicados principalmente para captação de ambiência e som de sala.

Cardióide: padrão polar mais comum, capta o som pela frente e pela lateral do microfone.

Super e hipercardióide: variações de cardióides, têm uma captação mais focada na frente e incluem uma “sobra” da parte de trás do microfone, absorvendo a ambiência de forma diferente. Têm maior rejeição dos sons que vêm pela lateral.

Figura 8 ou bidirecional: capta igualmente os sons que vêm da frente e de trás do microfone. Eram muito usados em entrevistas de rádio, por exemplo, com o entrevistador de um lado e o entrevistado do outro. Pode ser usado criativamente para captar sons musicais. Cuidado para não confundir este tipo de captação com gravação estéreo! Ele captura sinal dos dois lados do microfone e os combina em uma saída mono…


Existem ainda outros tipos de microfone que não foram abordados aqui (padrão “shotgun”, microfones de fita e de eletreto…), mas esses apresentados são os mais comuns na gravação de música. Pesquise sempre e procure ouvir a sonoridade das suas opções antes de fazer a compra!

Dúvidas? Sugestões de temas? Deixe nos comentários da Academia de Composição!